O TEMPO
Tão cedo nos vemos jovens, perdidos em
emoções das quais dificilmente conseguimos voltar; encantados por sensações que
mal conseguimos entender.
Tão cedo nos envolvemos em sentimentos tão confusos
quanto nossa própria imaturidade em descobrir o mundo de todas as cores e
possibilidades possíveis.
tão mais cedo ainda era o nosso desprendimento por
tudo que não era mais interessante, ultrapassado ou fora de moda.
E de um jeito tão doce veio
o acaso e ensinou todas as lições que a gente tinha
de aprender.
Tão doce veio a brisa da maturidade e levou embora os nossos medos
e as inseguranças juvenis.
Tão doce vieram as paixões - e com elas também
vieram as decepções.
Tão doce vieram os novos sonhos e aquela força a mais que
a gente precisava.
Tão já veio o Tempo e cansou o corpo
que a gente carrega. Deixou marcas que não são apenas sinais de sua ação, mas
que carregam consigo pedaços das nossas histórias.
Veio o Tempo, que consumiu
as fantasias que a gente carregava, a inocência dos olhos e a prudência das
mãos.
Vieram, no entanto, novos
Tempos, que fizeram vislumbrar um novo dia, uma nova alvorada.
Que fizeram tudo voltar atrás, novamente, como um novo início.
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