DIFICULDADES COM A MATEMÁTICA
Sylvia
Maria
Muito me
angustia perceber a grande dificuldade que a maioria dos alunos tem com a
matemática, independentemente do ano, que o aluno esteja cursando. O grande nó
da matemática já começa na iniciação do ensino fundamental. Por ser ciência exata, as barreiras deveriam ser quebradas com a
descoberta lógica dos desafios propostos em sala de aula, com uma visão
facilitadora dos professores, dando ferramentas para o aluno pensar e descobrir
com clareza, fazendo uso de materiais concretos principalmente neste primeiro
momento.
Mas como fazer isso?!?!
Ensinar matemática é tão complexo, porque há uma
carga de tabus e medos que o aluno assim que fica sabendo que vai para o ensino
fundamental toma conhecimento, que já
quebra toda a expectativa de “gostar” da disciplina.
Um desafio enorme, pois os professores primeiramente tem que quebrar este s tabus ... POUCOS
CONSEGUEM...Ou poucos querem...
A matemática
exige muita concentração e atenção e na faixa etária dos alunos de 6, 7
anos ,onde há os primeiros contatos com
ela, dificilmente se consegue um desligamento do mundo exterior para entrarem
na maravilha que é o mundo matemático.
Sim é um mundo maravilhoso, porém precisa
ter domínio sobre alguns fatores que irão facilitar tais
descobertas.
A matemática, como toda as outras disciplinas, veem
sofrendo várias mudanças no decorrer dos anos, algumas boas, outras nem
tanto...
O professor, acaba sendo desafiado a ensinar
matemática, numa sala de aula onde existem poucos recursos, muitos fatores
contraditórios e principalmente falta de motivação de ambas as
partes...professor e aluno.
Quando a matemática for vista como descoberta, os
alunos dominarem os primeiros conceitos, adição, subtração, multiplicação e
divisão, aí sim....haverá plena consciência de que a matemática é uma ciência
exata e fácil de ser dominada.
Só gostamos daquilo que conhecemos e só podemos
conhecer a matemática através de todo este domínio.
Uma das questões então é:
A tabuada deve ser entendida ou
memorizada? Discutindo um velho dilema da matemática
Na escola de alguns anos atrás, saber a tabuada "na ponta da
língua" era ponto de honra para alunos e professores. Poucos educadores
ousavam pôr em dúvida a necessidade desta mecanização.
Na década de 60, porém, veio a Matemática Moderna e com ela algumas
tentativas de mudanças aconteceram. Não vamos discutir aqui as características
deste movimento, mas, dentre seus aspectos positivos, destacava-se a
necessidade da aprendizagem com compreensão.
Com isso, vieram as críticas ao ensino tradicional, entre elas a mecanização da tabuada. Assim, diversas escolas aboliram a memorização da mesma. O professor que obrigasse seus alunos a decorar a tabuada era, muitas vezes, considerado retrógrado.
Com isso, vieram as críticas ao ensino tradicional, entre elas a mecanização da tabuada. Assim, diversas escolas aboliram a memorização da mesma. O professor que obrigasse seus alunos a decorar a tabuada era, muitas vezes, considerado retrógrado.
O argumento usado, contrário à memorização, era basicamente que não se
deve obrigar o aluno a decorar a tabuada, mas sim, criar condições para que ele
a compreenda. Os defensores dessa nova tendência alegavam que, se o aluno
entendesse o significado de multiplicações como 2 x 2, 3 x 8, 5 x 7, etc.,
quando precisasse, saberia chegar ao resultado.
Alguns professores rebatiam esta afirmação alegando que, sem saber a
tabuada de cor, o aluno não poderia realizar multiplicações e divisões. Hoje,
ainda, essa discussão está presente entre nós. Porém, apesar das divergências,
uma opinião é unânime: deve-se condenar a mecanização pura e simples da
tabuada.
Compreender é fundamental. É inconcebível exigir que os alunos recitem:
"duas vezes um, dois; duas vezes dois, quatro;...", sem que tenham
entendido o significado do que estão dizendo. Na multiplicação, bem como em
todas as outras operações, a noção de número e o sistema de numeração decimal,
precisam ser construídos e compreendidos.
Memorizar ou entender? Que tal utilizar as duas ações?
Esta construção é o resultado de um trabalho mental por parte do aluno.
O termo tabuada é bastante antigo e designa um conjunto de fatos, como por
exemplo:
3 x 1 = 3, 3 x 2 = 6, 3 x 3 = 9, etc.
Esses fatos têm sido chamados, por diversos autores, de fatos fundamentais da multiplicação. Trabalhando com materiais concretos como papel quadriculado, tampinha de garrafa, palitos, explorando jogos e situações diversas, como quantos alunos serão necessários para formar 2 times de futebol, os alunos poderão, aos poucos, construir e registrar os fatos fundamentais que compõem a tabuada.
3 x 1 = 3, 3 x 2 = 6, 3 x 3 = 9, etc.
Esses fatos têm sido chamados, por diversos autores, de fatos fundamentais da multiplicação. Trabalhando com materiais concretos como papel quadriculado, tampinha de garrafa, palitos, explorando jogos e situações diversas, como quantos alunos serão necessários para formar 2 times de futebol, os alunos poderão, aos poucos, construir e registrar os fatos fundamentais que compõem a tabuada.
Proponha aos alunos que descubram quanto dá, por exemplo, 8 x 3.
Desenvolva com eles quais são as formas que podem levá-los a encontrar a
solução para esta situação. Eles podem obter este resultado através de adições
sucessivas:
Mas podem também obter 8 x 3 de outro modo. Como 8 = 5 + 3, podem
perceber que:
8 x 3 = 5 x 3 + 3 x 3
Faça-os entender que a multiplicação agiliza o processo de adição e que
se eles souberem a tabuada “de cor”, poderão ser mais ágeis ao resolver as
operações. Uma vez compreendidos os fatos fundamentais, eles devem ser, aos
poucos, memorizados. Para isso, devem-se utilizar jogos variados. Como por
exemplo, bingo de tabuada, cálculos mentais e todo tipo de jogos que contribuam
para a memorização da tabuada.
A necessidade da memorização justifica-se. A fixação da mesma é
importante para que o aluno compreenda e domine algumas técnicas de cálculo. Na
exploração de novas idéias matemáticas (frações, geometria, múltiplos,
divisores etc), a multiplicação aparecerá com freqüência. Se o aluno não tiver
memorizado os fatos fundamentais, a cada momento ele perderá tempo construindo
a tabuada ou contando nos dedos, desviando sua atenção das novas idéias que
estão sendo trabalhadas.
Respondendo então a pergunta que dá título a esta leitura, devemos dizer
que o aluno não deve memorizar mecanicamente a tabuada, mas que a memorização é
importante sim. Insisto, porém, que esta memorização deve ser precedida pela
compreensão. A ênfase do trabalho deve ser posta na construção dos conceitos. A
preocupação com a memorização não deve ser obsessiva nem exagerada.
Assim, vamos repensando principalmente
a matemática, sendo que iremos dar continuidade a esta questão nos próximos
dias.
Espero que vocês gostem!!!!
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