Matemática: O Processo De
Ensino-Aprendizagem
Clarice
Lúcia Schneider
A matemática está fortemente presente em nosso dia à dia. Porém o processo de
aprendizagem é longo e só terá êxito quando bem administrado pelo professor, podendo se
tornar agradável e despertando no aluno
o espírito investigativo.Neste processo o professor leva o aluno a refletir através
de atividades lúdicas ,material concreto, gerando situações –problemas mais
próximas da realidade do aluno,vislumbrando assim a aprendizagem de forma mais
realista e agradável, porém sem subjugar sua metodologia de ensino.
Achei este artigo nas pesquisas que
tenho feito sobre a matemática e o processo de aprendizagem e acredito ser
pertinente a continuidade dos questionamentos que tenho feito sobre o assunto.
Espero que gostem!!!!
Sylvia Maria
O conteúdo deste trabalho foi desenvolvido pela acadêmica Clarice Lúcia Schneider do curso de Pedagogia modalidade Licenciatura para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental do Núcleo Aberto e a Distância do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, para conclusão da área de Matemática. Nos preocupamos em discutir sobre como o processo de ensino-aprendizagem da Matemática deve acontecer no aluno das séries inicias como sendo uma construção do pensamento lógico-matemático, despertando nele o espírito da investigação, além de fornecer elementos básicos para a participação desses alunos na vida em sociedade. Trabalhando com material concreto, o que o faz criar e resolver situações-problemas mais próximas da sua realidade. Pois hoje, entendemos que uma educação de qualidade só é alcançada pelo aluno se o professor levá-lo a refletir sobre situações que os rodeia no seu mundo real, na busca de fazer com que esse aluno vislumbre a aprendizagem da Matemática. Para muitos alunos o ensino da matemática não tem atração, pois não conseguem compreendê-la, talvez porque nós, professores das séries iniciais do Ensino Fundamental, não consigamos chamar-lhe à atenção sobre a beleza da formas geométricas, das obras arquitetônicas, etc. Após o estudo dessa área do conhecimento humano, entendemos que para se atingir estes objetivos no nosso aluno, nós professores devemos fazer da sala de aula um laboratório, levantando sempre situações-problemas que os instigue.
INTRODUÇÃO
Ao iniciar sua vida escolar, a criança
inicia o processo de alfabetização, não só em sua língua materna como também na
linguagem Matemática, construindo o seu conhecimento segundo as diferentes
etapas de desenvolvimento cognitivo; um bom ensino nesse nível é fundamental.
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[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas freqüentarem
a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta
na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a
estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência
com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição,
subtração e determinação de tamanho. Conseqüentemente, as crianças têm a sua
própria aritmética pré-escolar, que somente psicólogos míopes podem ignorar
(VYGOTSKY, 1989, p. 94-95).
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O processo de ensino e aprendizagem da
Matemática deve ser bem trabalhado nas escolas, para que futuramente os alunos
não apresentem dificuldades graves, quanto a construção deficiente do
pensamento lógico-abstrato.
Atualmente o ensino da Matemática se
apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, sendo produto de mentes
privilegiadas. O aluno é, muitas vezes, um mero expectador e não um sujeito
partícipe, sendo a maior preocupação dos professores cumprir o programa. Os
conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que
sirva à inserção social das crianças, ao desenvolvimento do seu potencial, de
sua expressão e interação com o meio.
A utilização de técnicas lúdicas:
jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas pedagogicamente em sala de aula
podem estimular os alunos a construção do pensamento lógico-matemático de forma
significativa e a convivência social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera,
pelo menos em parte, seu egocentrismo natural. Os jogos pedagógicos, por
exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de
um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da
criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.
Um cuidado metodológico muito
importante que o professor precisa ter, antes de trabalhar com jogos em sala de
aula, é de testá-los, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os
possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades
que os alunos poderão enfrentar. Contudo, devemos ter um cuidado especial na
hora de escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores. O conteúdo
deve estar de acordo com o grau de desenvolvimento e ao mesmo tempo, de
resolução possível, portanto, o jogo não deve ser fácil demais e nem tão
difícil, para que os alunos não se desestimulem (BORIN, 1995).
Conforme afirmam FIORENTINI e MIORIM
(1996),
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O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo
de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si
só. Os materiais e seu emprego sempre devem estar em segundo plano. A simples
introdução de jogos ou atividades no ensino da matemática não garante uma
melhor aprendizagem desta disciplina (p.9).
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O trabalho com a matemática em sala de
aula representa um desafio para o professor na medida em que exige que ele o
conduza de forma significativa e estimulante para o aluno. Geralmente as
referências que o professor tem em relação a essa disciplina vêm de sua
experiência pessoal. Muitos deles afirmam que tiveram dificuldades com aquela
matemática tradicionalmente ensinada nas escolas, que tinha como objetivo a
transmissão de regras por meio de intensiva exercitação. Cabe então descobrir
novos jeitos de trabalhar com a matemática, de modo que as pessoas percebam que
pensamos matematicamente o tempo todo, resolvemos problemas durante vários
momentos do dia e somos convidados a pensar de forma lógica cotidianamente. A
matemática, portanto, faz parte da vida e pode ser aprendida de uma maneira
dinâmica, desafiante e divertida.
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