sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O QUE VOCÊ ACHA DA MATEMÁTICA??????

Hoje vamos falar de matemática....

- Como você vê a matemática?
- Você acha que ela é odiada por todos?
- Você acha difícil?
- Você gosta de matemática?
- Quais as são suas maiores dificuldades?
- Você consegue fazer cálculo mental?
- E a tabuada? Você a decora , memoriza, ou não sabe?
- E as contas de multiplicar e dividir? como você as faz?
- E o raciocínio para desenvolver problemas? 

- Você entende a lógica?

- E a álgebra?
- E  a trigonometria?

Você acredita que pode gostar de alguma coisa, QUE DESCONHECE?!?!?

 Assim é com a matemática.
Só quem domina certos conceitos( fáceis de resolver), pode gostar e se dar bem com ela.

Após respostas desta pequena enquete, darei alguns caminhos e exemplos esclarecedores, para mudarem seus conceitos a respeito desta admirável ciência exata que é a matemática


Para você!!!

Para os que visitam meu blogue,hoje,quero agradecer e como demonstração de carinho e satisfação por tê-los aqui, preparei  este presente para vocês... Obrigada  pela visita ....

Beijos
Sylvia Maria



Bom dia!


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Erros ortográficos na alfabetização

ALFABETIZAÇÃO



A alfabetização é um processo que exige muito talento do professor alfabetizador e muita disciplina por parte do aluno, que nessa fase é uma criança, com 6 ou 7 anos e seus objetivos são centrados em brincadeiras, desenhos,jogos (principalmente aqueles que tem acesso à tabletes, vídeo-games ...). O processo de alfabetização gera nos pais uma angústia quando seus filhos, escrevem as palavras com as letras trocadas, conforme vemos abaixo. É necessário ficar atentos á esses erros e corrigi-los, desde que a criança já tenha tido conhecimento e que tais normas tenham sido dadas anteriormente.
Este artigo é super interessante e dá uma noção exata do que falei ...

Leiam e entendem o processo de alfabetização e o tempo que cada criança tem para assimilá-lo.
Valorizem  o hábito da leitura, incentivem a criança a querer aprender. Esta é uma  das chaves para  o sucesso deste processo.
A ansiedade dos pais, para que seus filhos escrevam e leiam corretamente, pode causar um tremendo bloqueio no filho e lembrem-se de que a escola, seja qual for o método de ensino ( hoje a maioria usa o construtivismo), deve ter pleno conhecimento de como administrar e corrigir estas falhas.
Vamos então ao artigo que separei para vocês....
Um abraço,
Sylvia Maria                                                                     

              Caxoro, páçaro e os problemas da alfabetização
Se a língua é o patrimônio de um povo, nossas crianças são despossuídas: só 20% delas terminarão o ensino médio dominando plenamente a leitura e a escrita

Foto: Fábio Mangabeira
É preciso prestar atenção aos erros ortográficos dos pequenos desde cedo


Quando a engenheira Marília, de São Paulo, lia as lições de casa da filha, então no 2o ano do ensino fundamental, entrava em pânico: uma sucessão de erros ortográficos, como "páçaro" "caxoro", "caza", letras invertidas, frases que iniciavam sem letra maiúscula e nenhuma pontuação. O pior, para ela: nenhuma observação da professora indicando o erro ou pedindo correção. A mãe chorava, sentindo um misto de fracasso, indignação e medo pelo futuro da filha, no qual investia tanto, tendo escolhido para ela uma escola de elite.




O nome é fictício, mas a situação é real e comum. Sem compreender as linhas metodológicas que influenciam o trabalho de alfabetização, tampouco bem explicadas pelas escolas, e assustados pelas estatísticas alarmantes - só 20% dos indivíduos com ensino médio completo são considerados plenamente alfabetizados, segundo o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope -, os pais veem nos erros ortográficos os primeiros sintomas de uma doença fatal na sociedade do conhecimento: a incapacidade de ler e escrever corretamente.

A língua é um patrimônio cultural que une e identifica um povo, e o domínio da norma culta é marca de diferenciação social, sinal de boa formação e inteligência. Por isso, é compreensível que esse seja um ponto tão sensível para os adultos. Contudo, é preciso calma para compreender um problema de muitas faces. Uma delas é a própria lacuna de expectativas entre o que os pais esperam da alfabetização dos filhos e o que preconizam as modernas tendências do ensino de português.

Para Luiz Prazeres, mestre em linguística pela UFMG, um dos especialistas que elaboraram as bases do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb), a confusão começa quando se entende o ensino de língua materna no Brasil como o ensino da língua como um todo. "Os pais consideram que um aluno é brilhante em língua portuguesa se ele conhece as regras gramaticais e sabe conjugar verbos em todos os tempos e modos. No entanto, o ensino hoje está voltado para a língua como instrumento de comunicação, direcionado para o entender e se fazer entender em situação real de fala, leitura e escrita."

Evidentemente, o foco na expressão e na compreensão não tem de implicar o abandono dos aspectos formais do idioma. É dever da escola preparar os alunos para utilizar a língua portuguesa nas mais diversas situações - seja em um bate-papo no MSN, seja em uma carta a uma autoridade. Segundo Prazeres, a linguagem deve ser vista como uma exigência social, assim como a roupa que se usa, de acordo com o lugar a que se vai: na piscina, roupa de banho; no trabalho, roupa mais discreta. A preocupação em formar leitores e escritores fluentes faz com que o ensino dos aspectos formais acabe ficando em segundo plano no processo inicial de alfabetização - algo difícil de compreender para os adultos de hoje, acostumados com o peso da caneta vermelha do professor desde os primeiros passos na escola.


Aprender por mágica
O conflito de visões se acentuou com a disseminação das orientações construtivistas nas escolas. O construtivismo não é um método de ensino, mas uma concepção teórica que trouxe, entre outras proposições, a noção de que o conhecimento é construído pelos alunos com base no confronto entre o próprio repertório de ideias e experiências e o ambiente. Na alfabetização, isso implica reconhecer que desde cedo as crianças têm contato com as palavras e imaginam como se formam.

Há uma sequência comum a todos, como explica a pesquisadora Andréa Luize, do Núcleo de Práticas de Linguagem da Escola da Vila, em São Paulo: primeiro, a criança descobre que palavras e desenhos são diferentes; depois, que as palavras são feitas de símbolos, que precisam existir em variedade e quantidade; mais à frente, que há correspondência entre sons e símbolos; e assim por diante. O professor atua como facilitador, provocando o aluno a formular hipóteses e avançar.

A introdução de uma visão para a qual muitas escolas e professores não estavam preparados gerou muita confusão, especialmente pela falsa ideia de que o professor nunca deveria intervir. "Resultou disso que as crianças acabavam não tendo nenhum contato com regras até uma idade avançada", diz a educadora Claudia Tricate, da Escola Mágico de Oz, em São Paulo. "Parecia que tudo iria se reorganizar magicamente, sem a intervenção de um interlocutor competente, ou seja, o professor",acrescenta Claudia Siqueira, diretora do Colégio Sidarta, em São Paulo.

Não foi bem o que se viu. Então, deve-se ou não corrigir os erros das crianças na fase de alfabetização? De forma geral, a resposta é sim, desde que sejam respeitados critérios, entre eles o de que as normas cobradas tenham sido ensinadas anteriormente. De nada adianta lascar a caneta vermelha para corrigir "caza"se as crianças ainda estão aprendendo sobre os sons idênticos de algumas letras. "Não se trata de relevar ou não a escrita correta, mas de permitir que as crianças façam determinadas aprendizagens que são, de fato, hierarquicamente prévias", explica Andréa Luize.

Outra questão é como será a intervenção do professor para corrigir o erro. Nas visões mais contemporâneas da educação, em que se busca um ensino que faça sentido para a vida do aluno, é importante que o aprendizado do idioma partilhe dessa filosofia. O aluno deve ter a oportunidade de se autocorrigir, compreendendo as características do texto que produz e a necessidade de se adequar a diferentes normas. "Exercitar tempos verbais em listas de frases ou em conjugações isoladas, como ‘eu canto, tu cantas’, não faz com que as crianças aprendam sobre a função dos verbos e o uso que podem fazer deles para escrever melhor",diz a pesquisadora Andréa Luize.

A família pode ajudar? Sempre. Mas é preciso conter a ansiedade comum dos adultos de passar a borracha em tudo, o que a educadora Mônica Padroni, da Escola Projeto Vida, em São Paulo, chama de visão higienista do texto - e que pode afetar até a autoestima de uma criança em processo de alfabetização.

Ler para escrever bem

Em vez de se tranquilizar ao ver que os filhos sabem usar o ss ou o ç, os pais precisam observar se a escola é capaz de produzir crianças e jovens capazes de aprimorar a forma como expõem ideias e pensamentos na linguagem escrita. "Esse é o grande problema na educação brasileira", afirma Gisele Gama Andrade, pesquisadora e consultora do Ministério da Educação que coordenou por anos a correção de redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Gisele, a maioria dos textos dos alunos brasileiros não consegue expressar um ponto de vista. Para quem pensa que se trata de um problema da escola pública, ela conta sua experiência na banca do Instituto Rio Branco, que forma os futuros diplomatas.

" Também lá se pode ver que os argumentos apresentados pelos alunos em seus textos são repetitivos, comuns e fracos", diz. Isso decorre, em parte, da precariedade do trabalho de produção de textos na escola. "O que normalmente se vê é uma atividade a ser realizada em uma aula de 50 minutos, com orientação rasteira e critérios de correção obscuros. Escrever exige planejamento", observa João Hilton Sayeg de Siqueira, doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Mas o maior desafio para as escolas ainda é o de formar cidadãos com hábitos sólidos de leitura. "A pessoa que lê com frequência se torna mais apta a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo e a dialogar com eles. Em nossa sociedade letrada, ler é questão de sobrevivência", considera Luiz Prazeres. A leitura também formará cidadãos mais aptos a escrever melhor e a conhecer as normas da língua. Nessa missão, a escola esbarra na concorrência de uma era de predomínio das imagens e na dificuldade de se aproximar do cotidiano de crianças e jovens. Estratégias como perguntar o que a história quer dizer tornam a leitura uma tarefa aborrecida e afastam os jovens de um prazer que quase todos eles tinham quando crianças.

Nesse quesito, a participação dos pais é fundamental. Por que não visitar a biblioteca escolar e ver se é um espaço criativo? Ao mesmo tempo, é preciso abrir oportunidades para as crianças, como passeios a livrarias, leituras conjuntas e outros estímulos que envolvam o prazer do texto. Aqui, gibis são leituras tão válidas quanto os clássicos: o principal é criar um ambiente convidativo, seja na escola, seja em casa, e nunca perder de vista o potencial do texto como universo sem fronteiras para a imaginação.


Para você!!!!


Mensagem do dia

                                       Reflexão

                  O que você tem feito dos sorrisos que ganha gratuitamente?
De todos aquelas boas emoções e sentimentos que tem recebido de quem menos se espera?

                  O que você tem feito das alegrias... das amizades que cultivou...dos caminhos que percorreu para chegar até onde você está hoje?

                   O que você tem feito dia após dia das coisas novas que tem descoberto no seu próprio caminho?

   Antes que o dia termine, o sono tome conta de você, e traga bons sonhos para enfeitar sua noite, vale a pena parar e pensar.... o que você tem feito das lembranças guardadas na sua memória e no seu coração: as fantasias que criou para os seus dias....

  Vale a pena pensar o que tem feito das recordações, das paixões, dos amores que vive até hoje, ou até mesmo aqueles do passado que já não existem mais....

                 O que você tem feito das histórias que viveu? 
Das tristezas, das lágrimas , das perdas...? Da dor , do esquecimento e da saudade que vem , sem culpa, sem pedir licença e se apodera dos seus pensamentos?
Das conquistas, das vitórias, dos sucessos, das suas realizações...?

               O que você tem feito da superação de tudo que tem passado,das emoções que tem experimentado,das emoções que tem vivido...?

                                           Pense nisso tudo....
                         Separe o que você acha que vale a pena guardar....
                       Esqueça as tristezas, derrotas, mágoas, decepções....
                   Viva feliz com boas lembranças ... bons pensamentos ... boas perspectivas....
                                  Viva feliz ... porque a vida passa rapidamente....
                             Viva feliz porque só vale a pena levar o que é bom....
           Viva feliz, para deixar saudades por onde passar ...  pelas boas lembranças... bons momentos ... pelos sorrisos que der ... pelas piadas que contar...pelos abraços que compartilhar... pelos amores que viver... pelas conquistas que fizer...
                                                               Viva feliz!
                                            Sorria, brinque,pule,grite...mas
                                                              VIVA FELIZ!!!!

Parabéns!


Bom dia!!!!


terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mensagem do dia


Viva....


Pe. Fabio de Melo


Fernando Pessoa


Se eu fosse criar o meu filho de novo

        Se eu fosse criar o meu filho de novo



                        Se eu fosse criar o meu filho de novo,
            Cuidaria da sua alta estima primeiro, e da casa depois...
            Faria mais pinturas com o dedo e apontaria menos o dedo.
                      Disciplinaria menos e acalentaria mais.
                    Seria menos corretiva e mais conectiva
                 Olharia menos para o relógio, e mais para ele
         Cuidaria menos de aprender, e aprenderia a cuidar mais dele
                     
Pararia de ser séria  e brincaria seriamente
                        Daria menos safanões e mais abraços.
                        Seria menos firme e mais afirmativa.
             Correria pelos campos, praias e olharia mais estrelas.
       
 Faria mais passeios,caminhadas e  soltaria mais pipa.                     Admiraria mais frequentemente o carvalho em seu fruto.
                          Sorriria e cantaria mais para ele.
                            Falaria menos, e diria mais.                    
       
                              Tomaria para modelo:
                             
                            Menos o amor ao poder
                             
                            E mais o poder de amar.
                                    

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Jean Piaget - Teorias



O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA
Jean Piaget
José Luiz de Paiva Bello 

     Fases e características de cada idade da criança: - períodos em que se dão os desenvolvimentos : - motor,verbal e mental



      Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação. Aos onze anos percebeu um melro albino em uma praça de sua cidade. A observação deste pássaro gerou seu primeiro trabalho científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de
 Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos. 
      Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência mas, experimentalmente, comprovou suas teses.
 
      Resumir a teoria de Jean Piaget não é uma tarefa fácil, pois sua obra tem mais páginas que a Enciclopédia Britânica. Desde que se interessou por desvendar o desenvolvimento da inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente em seu objetivo, até às vésperas de sua morte, em 1980, aos oitenta e quatro anos, deixando escrito aproximadamente setenta livros e mais de quatrocentos artigos. Repassamos aqui algumas idéias centrais de sua teoria, com a colaboração do “
Glossário de Termos”.

      1 - A inteligência para Piaget é o mecanismo de adaptação do organismo a uma situação nova e, como tal, implica a construção contínua de novas estruturas. Esta adaptação refere-se ao mundo exterior, como toda adaptação biológica. Desta forma, os indivíduos se desenvolvem intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também dizer que a inteligência humana pode ser exercitada, buscando um aperfeiçoamento de potencialidades, que evolui "desde o nível mais primitivo da existência, caracterizado por trocas bioquímicas até o nível das trocas simbólicas" (RAMOZZI-CHIAROTTINO apud CHIABAI, 1990, p. 3).

      2 - Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo
 = conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo. As teorias piagetianas abrem campo de estudo não somente para a psicologia do desenvolvimento, mas também para a sociologia e para a antropologia, além de permitir que os pedagogos tracem uma metodologia baseada em suas descobertas.

      3 - “Não existe estrutura sem gênese, nem gênese sem estrutura” (Piaget). Ou seja, a estrutura de maturação do indivíduo sofre um processo genético e a gênese depende de uma estrutura de maturação. Sua teoria nos mostra que o indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Ou seja, se puder agir sobre o objeto de conhecimento para inseri – ló  num sistema de relações. Não existe um novo conhecimento sem que o organismo tenha já um conhecimento anterior para poder assimilá-lo e transformá-lo. O que implica os dois polos da atividade inteligente: assimilação e acomodação. É assimilação na medida em que incorpora a seus quadros todo o dado da experiência ou estruturação por incorporação da realidade exterior a formas devidas à atividade do sujeito (Piaget, 1982). É acomodação na medida em que a estrutura se modifica em função do meio, de suas variações. A adaptação intelectual constitui-se então em um "equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar" (Piaget, 1982). Piaget situa, segundo Dolle, o problema epistemológico, o do conhecimento, ao nível de uma interação entre o sujeito e o objeto. E "essa dialética resolve todos os conflitos nascidos das teorias, associacionistas, empiristas, genéticas sem estrutura, estruturalistas sem gênese, etc. ... e permite seguir fases sucessivas da construção progressiva do conhecimento" (1974, p. 52).

      4 - O desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se  portanto em etapas sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou de “construtivismo sequencial”.

      A seguir os períodos em que se dá este desenvolvimento motor, verbal e mental.

      A.
 Período Sensório-Motor - do nascimento aos 2 anos, aproximadamente. 
      A ausência da função semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência iminentemente prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele).

      B. Período Simbólico
 - dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. 
      Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, etc.. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforo em carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos ("o carro do papai foi
 'dormir' na garagem"). A linguagem está à nível de monólogo coletivo, ou seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de forma isolada, mas dentro do coletivo. Não há liderança e os pares são constantemente trocados. 
      Existem outras características do pensamento simbólico que não estão sendo mencionadas aqui, uma vez que a proposta é de sintetizar as idéias de Jean Piaget, como por exemplo o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), superdeterminação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”), etc.

      C.
 Período Intuitivo - dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente. 
      Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções e conjuntos sem  entretanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por exemplo). Quanto à linguagem não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar sua resposta às palavras do companheiro.
 
      Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também comumente apresentados como Período Pré-Operatório.

      D.
 Período Operatório Concreto - dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente. 
      É o período em que o indivíduo consolida as conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que no entanto possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum.

      E.
 Período Operatório Abstrato - dos 11 anos em diante. 
      É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê a nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.

      5 - A importância de se definir os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão deste processo é fundamental para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando.
 
      A obra de Jean Piaget não oferece aos educadores uma didática específica sobre como desenvolver a inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O conhecimento destas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo.
 
      “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de
 ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de ator no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).


      O lema “o professor não ensina, ajuda o aluno a aprender”, do Método Psicogenético, criado por Lauro de Oliveira Lima, tem suas bases nestas teorias epistemológicas de Jean Piaget. Existem outras escolas, espalhadas pelo Brasil, que também procuram criar metodologias específicas embasadas nas teorias de Piaget. Estas iniciativas passam tanto pelo campo do ensino particular como pelo público. Alguns governos municipais, inclusive, já tentam adotá-las como preceito político-legal.
 
      Todavia, ainda se desconhece as teorias de Piaget no Brasil. Pode-se afirmar que ainda é limitado o número daqueles que buscam conhecer melhor a Epistemologia Genética e tentam aplicá-la na sua vida profissional, na sua prática pedagógica. Nem mesmo as Faculdades de Educação, de uma forma geral, preocupam-se em aprofundar estudo nestas teorias. Quando muito oferecem os períodos de desenvolvimento, sem permitir um maior entendimento por parte dos alunos.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ALFABETIZAÇÃO - sem pressão

Li este texto(de Adriana Fonseca) sobre aprendizagem e achei-o muito interessante, principalmente pelo foco que é dado aos limites ,ritmo e diferenças de cada criança,mostrando que a ansiedade dos pais neste processo, pode muitas vezes  prejudicar e atropelar as metas traçadas pela escola.
Parabéns Adriana Fonseca...bela explicação,palavras claras,objetivas e totalmente coerente....Adorei!!!!!
Espero que gostem e tirem proveito deste texto.....


Por que meu filho ainda não sabe ler e escrever?
Especialistas comentam e dão sugestões de como colaborar com o processo de alfabetização de seu filho sem pressioná-lo


Foto: Aline Casassas
O exemplo dos pais é importante para incentivar o filho a saber ler e escrever sem pressão

A ansiedade em poder afirmar, em um encontro informal na porta da escola, que seu filho já lê tudo o que vê pela frente pode se tornar um grande vilão do processo de alfabetização. Apesar de você já ter ouvido, diversas vezes, que cada criança tem seu ritmo no processo de aprender a ler e a escrever e que o interesse pelo universo letrado varia para cada um, a angústia pela confirmação de que essa etapa será alcançada pelo seu filho sem sofrimento é quase inevitável, justamente pelo fato de a alfabetização ser um marco no processo da educação de qualquer criança.

Porém, é importante ter atenção dobrada para que sua ansiedade não atrapalhe a relação que seu filho vai estabelecer com esse desafio.
 Fatima Gola, psicóloga especialista em psicopedagogia, afirma que essa ansiedade acaba acontecendo porque há uma formalização do ensino e metas objetivas são traçadas para um determinado período escolar - a própria escola põe um limite.

   O efeito negativo acontece quando "os pais atropelam o processo que a escola escolheu para alfabetizar e começam a duvidar dele, fazendo com que a criança, de alguma maneira, perceba essa desconfiança". Por outro lado, essa ansiedade se torna positiva quando há a "valorização da criança pelos pais ao acreditarem que ela é totalmente capaz de chegar lá".

O contato com a cultura escrita é de fato um processo. Inicia-se nos primeiros anos de vida e não tem data para terminar. Já a alfabetização, ou seja, a compreensão do funcionamento do sistema de escrita se estende até as primeiras séries do Ensino Fundamental.

Regina Clara, pesquisadora do CENPEC, explica que "aprendemos a ler e escrever na escola porque ler e escrever é importante para a vida". As crianças podem perceber isso observando os adultos e também participando de situações em que a leitura e a escrita são impostas. O próprio cotidiano familiar conduz a essa percepção. "São muitos os motivos que nos levam a utilizar a escrita: escrever para lembrar (lista de compras), para nos comunicarmos com alguém (bilhete, email, msn), para nos divertir (livros de literatura), para aprender - a fazer (cozinhar) , para saber mais sobre um assunto, para se expressar...".

Existem várias maneiras de você colaborar e mobilizar no seu filho o desejo de aprender a ler e a escrever de uma forma leve e prazerosa.







Cultivando o alto astral

Li esta reportagem e achei-a super interessante.
Por isso estou postando-a na íntegra.
Leiam... espero que gostem tanto quanto eu.....


Aprenda a cultivar o alto astral
 Roberto Shinyashiki



"Muitos conseguem vencer na vida mesmo sendo pessimistas. Mas por que pagar tão caro por suas vitórias? Por que se desgastar tanto para ter êxito?"
A sociedade pressiona as pessoas para que sejam sérias, contraídas. Parece até que essa conduta tem o poder de garantir que as coisas sejam bem-feitas, os relacionamentos honestos e que educação e ética sejam qualidades pessoais irreversíveis.
Outro dia, li numa placa: "Não leve a vida a sério. Você não vai sair vivo dela". A seriedade limita a criatividade. É como um pântano que o alto astral consegue transformar em jardim. 

Muitas vezes, a pretexto de ser realista, o indivíduo acaba transformando-se em um pessimista. "Preciso examinar todos os problemas, analisar todas as dificuldades porque, do contrário, as coisas não funcionam", diz. É importante ter alto astral . O psicólogo Martin Seligman, autor do livro
 Learned Optimism [Otimismo Aprendido], traçou um quadro muito interessante da diferença entre o otimista e o pessimista.

O pessimista acredita que os eventos negativos têm origem em condições definitivas. Por exemplo: "Perdi o horário do vôo porque sempre dou azar com avião". Para ele, os eventos positivos provêm de circunstâncias temporariamente positivas: "Meu chefe me elogiou porque queria que eu fizesse hora extra".
 
O otimista, ao contrário, atribui uma falha a um motivo circunstancial: "Perdi a partida porque estava exausto". E, para ele, as situações favoráveis são causadas por fatos permanentes: "Meu marido trouxe flores para mim porque me ama".
 

Quando as coisas dão errado para um pessimista, ele logo faz a decepção invadir todas as esferas de sua vida e se culpa, ainda que o erro não tenha sido seu. O otimista, ao contrário, reage com tranquilidade e pensa: "Bem, todo mundo tem seu dia de azar". Em seguida, procura uma solução para livrar-se logo do problema. Diante de uma dificuldade, o pessimista acha que ela nunca será superada e que aparecerão muitas outras, enquanto o otimista tem a capacidade de analisar qualquer tipo de questão, organizá-la e solucioná-la rapidamente.

Muitos conseguem vencer na vida mesmo sendo pessimistas. Mas por que pagar tão caro por suas vitórias? Por que se desgastar tanto para ter êxito? Comece a cultivar o alto astral dentro de você, a brincar com os reveses da vida, a enfrentar com bom humor até as situações mais complicadas.
 

O alto astral é uma forma de ver a vida. Portanto, é diferente do prazer. Quando falamos de prazer, inevitavelmente pensamos em sexo, comida, lazer. O alto astral é bem mais do que isso. É um gesto de generosidade com a vida, com os erros, com as dificuldades. A seriedade leva ao julgamento; o alto astral , à compreensão. Uma boa maneira de saber como anda seu astral é observar se está julgando os outros.
 

Quando alguém está feliz não perde tempo nem energia com isso. O alto astral tem origem na bondade, que, por sua vez, começa no amor. O amor cria a verdadeira alegria de viver. Ame todas as pessoas e brinque com elas, especialmente com você mesmo.

Processo...